Muitos estudantes de graduação e pós-graduação veem seu orientador como alguém que “manda” e que apenas define o que deve ser feito. Mas a verdade é que, quando a relação funciona bem, ela se parece muito mais com uma parceria de trabalho do que com uma hierarquia rígida.
A pesquisa acadêmica é um processo criativo e intelectual que se beneficia de trocas abertas e construtivas. Isso significa que o papel do estudante não é apenas receber instruções, mas compartilhar ideias, propor caminhos e participar ativamente das decisões.
Como construir essa parceria
- Trate orientações como diálogo, não como ordens. Quando seu orientador sugerir algo, não se limite a dizer “OK”. Faça perguntas, explore alternativas e apresente o seu ponto de vista.
- Leve ideias para as reuniões. Em vez de ir apenas para “ouvir”, vá com uma proposta que você esteja animado para desenvolver. Isso demonstra iniciativa e engajamento.
- Valorize a visão do orientador. Use a experiência dele(a) como um recurso para fortalecer e refinar seu trabalho, sem perder sua voz como pesquisador(a).
- Construa juntos. A melhor pesquisa nasce de contribuições combinadas — a sua e a do seu orientador.
Por que essa abordagem melhora a pesquisa?
Quando há colaboração genuína, as decisões são mais bem fundamentadas, o trabalho ganha mais consistência e a motivação aumenta. Além disso, essa postura desenvolve sua autonomia e fortalece suas habilidades como pesquisador(a).
💡 Desafio de hoje: leve para o seu orientador uma ideia que te empolga. Peça a opinião dele(a) e construa em cima disso juntos.
No fim, lembre-se: o sucesso da sua pesquisa não depende apenas de seguir instruções, mas de aprender a criar em parceria.
Silvana B. Marchioro